Esse link (clica, fío) te leva ao Luar na laje. Um projeto? Uma biblioteca? Sei lá... Mas é uma ideia muito boa.
Lá no blog você consegue entender bem como a coisa funciona.
E funciona.
Pedi um livro (Medo e submissão da Amelie Nothomb), a coisa chegou na minha casa, li o bagulho e enviei o negócio de volta. Fácil, né? Se a vida fosse só isso eu nem reclamava. Mentira!
Escrevi sobre essa experiência. Quer dizer, mais ou menos sobre...
O texto tá lá (clica agora, fío), mas tá aqui também.
Comecei a ler livros quando já não era um jovenzinho.
Antes disso eu tinha outros interesses. A gente sempre tem outros interesses...
Entrei na faculdade de rádio e tv para, sem culpa e finalmente, fazer aquilo que mais gostava: assistir filmes o dia todo.
Uma bela descoberta dessa época foram o centros culturais bancados pelos... hã... Bancos.
Dedução de impostos, pão, circo e cinema de graça. Para quem não tinha emprego e dinheiro era o paraíso.
Entre uma sessão e outra, e entre o caminho da faculdade pro cinema e do cinema pra casa, eu tinha que matar o tempo pra ele não me matar, como dizia o outro.
O que fazer?
Fui atrás de livros na biblioteca da faculdade.
"Bukowski, que bacana, belo nome. Quem traduziu isso aqui? Leminski? Puta que pariu, esse cara é brasileiro? É escritor também? Vou ler. Que outras coisas ele traduziu? Beckett? Hahaha. Que sem graça ter esse meu nome de classe média branca."
Os nomes dos autores e tradutores eram lindos, mas descobri que aquilo que eles escreviam era ainda mais.
Depois de uns meses, a parte mais interessante dos meus dias desinteressantes era o caminho entre um lugar e outro.
Eu parava no meio da rua ou estação de metrô para ler o restante de um capítulo, e não era raro me atrasar pra faculdade ou perder o começo de um filme por causa disso.
Na hora de voltar para casa, o Morro Grande já não era suficiente. 15 minutos? O que dava pra ler nesse tempo? O Brasilândia, 25 minutos, era bom no começo, mas ficou insuficiente. Pronto! O Parque Edu Chaves dava duas voltas na Barra Funda e fazia a viagem durar 35/40 minutos.
O tempo passa, o tempo voa. A faculdade acabou e o sonho também...
Tchau tchau biblioteca, bora começar a trabalhar.
Miou um pouco meu projeto de ler o dia todo.
Pedi o Medo e Submissão no Luar na Laje assim que descobri a biblioteca.
Mas o livro é bom? Pô, é fudido de bom, mas bom mesmo, pra mim, foi ler novamente no ônibus um livro emprestado por uma biblioteca, com prazo de devolução e os caralhos.
Ler os livros que você compra e vai ter pra sempre te deixa meio preguiçoso.
Quando faltavam umas dez páginas para terminar o livro da Nothomb, o ônibus chegou no ponto final. Eu poderia andar uns quinhentos passos e terminar de ler em casa, ou poderia sentar ali mesmo na calçada, às dez da noite de uma segunda-feira, e voltar uns cinco anos de vida atrás. Voltei pra casa. Tô ficando velho mesmo.
Mostra de dança das crianças da UXA!!!
Há 12 anos
4 comentários:
teamo cara
Vc é o meu heroi magrelo...conseguia ler mesmo com fome! Na época vc preferia comprar um maço de cigarro do q comer entre uma leitura e outra. O cigarro acabou, os lugares diários tb... vc continua o velho de sempre, menos rabugento (ainda bem!)
Aion, também te amo, cara. Mas ainda preciso da paradinha do gravador.
Amor,
Juan Enrique.
Liloca, eu preferia fumar do que comer? Mentira; o cigarro é que era mais barato mesmo. Hoje em dia eu comeria duas coxinhas pelo preço de um maço de marlboro.
Um beijo,
Onan, the machine.
Ninguém entende um bom fotografo:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-1218248/Newlyweds-win-court-battle-1-500-wedding-photographer-shoddy-pictures-include-missing-heads-car-close-ups.html
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