O ARTISTA INCONFESSÁVEL
João Cabral de Melo Neto
Fazer o que seja é inútil.
Não fazer nada é inútil.
Mas entre fazer e não fazer
mais vale o inútil do fazer.
Mas não, fazer para esquecer
que é inútil: nunca o esquecer.
Mas fazer o inútil sabendo
que ele é inútil, e bem sabendo
que é inútil e que seu sentido
não será sequer pressentido,
fazer: porque ele é mais difícil do que não fazer, e dificilmente
se poderá dizer com mais desdém,
ou então dizer mais direto ao leitor Ninguém
que o feito o foi para ninguém.
Ui!
E tenta escrever alguma coisa em cima disso, bonitão.
Mostra de dança das crianças da UXA!!!
Há 12 anos
Um comentário:
isso é praticamente um tapa na cara, o jeito é fazer né =)
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